quinta-feira, 15 de maio de 2008



O silencio doi como pedra na lingua.
A vida por vezes não tem esperanças nem sentido,
tudo parece em paz e no entanto o amor
tem sempre uma mais fria recompensa.
desde a primenira flôr, pouco ainda mudou
essa face da noite com a face do homem.
O rouxinol canta, sim, ador do homem canta
e à força de a esquecer, aprende-se a esquecer.
O silencio é de passos que atormentam a noite
e que ao fundo do fogo vão buscar a luz
para fazer arder as horas ate ao orvalho
onde a manhã se ri com os dentes da água.
Às vezes vagueia pelo pomar da noite
uma égua perdida numa nesga de luz,
é ador que pergunta e procura uma casa
junto à erva do peito, sob os olhos calados.

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